sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

"O Criador e as criaturas"

Se fixarmos nossa observação no mundo animal, poderemos ver que muitos de seus integrantes constroem magníficas moradias. É o caso das abelhas que confeccionam suas colméias geometricamente perfeitas, ou do joão-de-barro, com seu ninho solidamente moldado.

Uma vez que os animais têm essa incrível capacidade de arquitetar sua própria moradia, com maior razão devem os homens aprimorar a beleza natural criada por Deus. É o que diz o Mons. João S. Clá Dias[1], em uma homilia de 10 de setembro de 2006, na Casa Mãe do setor feminino dos Arautos do Evangelho:

“Deus criou o universo e deixou nas mãos do homem a possibilidade de realizar algo mais belo do que a própria Criação. Deus não criou a Catedral de Notre-Dame, não criou a Sainte-Chapelle, o Castelo de Versailles, a Catedral de León, a Torre de Belém, o Mosteiro da Batalha ou Veneza. Essas maravilhas todas saem das mãos do homem. Por quê? Porque Deus queria que nós participássemos da obra de “pulchritude” d’Ele.

O belo, subjetivamente falando, é definido pela Escolástica como cuius aprehensio placet: aquilo que, ao ser apreendido e compreendido por mim, me agrada. Mas, objetivamente falando, a Escolástica define o belo como sendo o esplendor da forma sobre as partes proporcionadas da matéria.



Ora, Deus deixou tudo mais ou menos informe na natureza. Algumas coisas Ele criou belas como, por exemplo, a Praia do Pulso, o Dedo de Deus ou o Pico do Itatiaia. Mas Ele quis deixar nas nossas mãos o completar as belezas do que Ele mesmo tinha feito.





É óbvio que algumas coisas criadas são insuperáveis e sobre elas o homem não pode pôr as mãos, como os astros ou a estratosfera. E quando, daqui da Terra, o homem contempla essas maravilhas todas, se encanta”.


Um dos modos do homem contribuir no embelezamento do universo é justamente a idealização dos vários estilos arquitetônicos. Os Arautos do Evangelho, sob a orientação do Mons. João Clá, procuram de modo exímio espelhar em suas construções a junção dos esplendores da Igreja Católica e da Civilização que dEla nasceu, com uma nota promissora de um autêntico futuro.



[1] Homilia adaptada à linguagem escrita, publicada sem conhecimento e/ou revisão do autor.