Deus sempre tira de qualquer desastre aparente as maiores maravilhas possíveis.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Heróica fé diante de um frágil menino
Veneremos também, nessa noite de Natal, a heroica e robusta fé daqueles
homens tão simples [os pastores]. A equivocada crença daqueles tempos era
de que o Salvador prometido deveria ser um homem cheio de poder para livrar seu
povo de todo e qualquer inimigo, a fim de conceder-lhe a supremacia sobre todos
os outros povos. Portanto, um libertador rutilante de esplendor, de glória e de
majestade maiores ainda que as do próprio Salomão. Ora, em vez de se depararem
com um temível e grandioso imperador, acham-se diante de um frágil Menino,
envolto em panos. Junto a Ele, um boi e um burro para aquecê-Lo, um pobre artesão,
uma mulher cheia de simplicidade. Enfim, tudo o que o mundo de então - e de
todos os tempos - julgava mais vil e desprezível. Apesar disso, em nenhum
momento foram penetrados pela menor dúvida ou mesmo insegurança. Acreditaram de
toda alma ser aquele Menino o esperado Salvador. Será essa também a minha fé na
Igreja de Deus, tão infalível quanto os Anjos?
Mons João Clá Dias - Extraído dos comentários ao Evangelho da Missa da Aurora do Natal do Senhor.
Marcadores:
comentários,
frases,
Menino Jesus,
mons João Clá Dias,
Natal,
pastores
sábado, 17 de dezembro de 2016
Preparação para o nascimento de Jesus
Na perspectiva da
comemoração da chegada do Menino Jesus na noite de Natal, as graças já começam
a se fazer sentir, enchendo de alegria os nossos corações. Estas graças,
distribuídas no mundo inteiro em torno do altar, quando Ele vem até nós todos
os dias na Eucaristia, tornam-se mais intensas nesta grande Solenidade na qual
celebramos, litúrgica e misticamente, o Verbo que se fez carne entre nós,
jubiloso acontecimento que nos é anunciado pelo cântico dos Anjos.
Devemos, portanto,
arder do desejo de que o Divino Infante venha não apenas ao Presépio da Gruta
de Belém, mas ao nosso interior para aí estabelecer sua morada, e que Ele
também possa nascer, o quanto antes e de maneira eficaz, no fundo da alma de
cada um dos habitantes da Terra, realizando o que Ele próprio nos ensinou a
pedir na oração perfeita, repetida pela Igreja ao longo de dois mil anos:
“venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no
Céu” (Mt 6, 10).
Mons João Clá Dias –
Extraído dos comentários ao Evangelho da missa de vigília do Natal do Senhor.
Marcadores:
alegrias natalinas,
Arautos do Evangelho,
comentários,
mensagem,
Mons. João Clá Dias,
Natal,
Santo Natal
domingo, 4 de dezembro de 2016
Frase Mons João Clá Dias
Mais vale estarmos
preocupados em fazer a vontade do Pai e nos voltarmos para a Eternidade, do que
aflitos em coisas materiais e em tudo o que passa.
Mons João Clá Dias -
24/07/2007
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
O olhar de Nossa Senhora
Nós devemos olhar
para o Sapiencial e Imaculado Coração de Maria, que se mostra tão afetuoso, tão
maternal, tão acolhedor, fitar os olhos
desta imagem. É pura imagem, uma representação, ela procura lembrar algo de
Nossa Senhora. O que deve ser o olhar de Nossa Senhora, o olhar de Maria! Daria
para purificar todos os pântanos do mundo, daria para purificar todas as almas
que se encontram encharcadas de pecado! Contemplemos esse olhar de Maria, e
pensemos na lição que o Menino Jesus nos dá no Presépio. Pensemos o quanto o
Menino Jesus sofreu frio, sede, calor, fome, sofreu necessidades de toda a
ordem. Ele não sabe falar, Ele geme, chora e isto tudo para me ensinar o quê?
Ensinar a sofrer, ensinar a amar as contingências da vida, ensinar a me
contentar com aquilo que eu tenho, e não ter uma ambição desordenada que me
leva ao delírio, ao pecado, ao orgulho, à inveja, à calúnia, à maledicência e à
impureza.
Aí está essa imagem
que nos olha, que nos fita. Ela como que nos convoca também a sermos tão puros
quanto Ela, a sermos tão dispostos ao sofrimento quanto Ela, quanto São José e, sobretudo, quanto o Menino
Jesus.
Mons João Clá Dias - Extraído da Meditação
na Catedral da Sé 05/02/2005 adaptada à linguagem escrita, publicada
sem conhecimento e/ou revisão do autor
domingo, 27 de novembro de 2016
Abraçar a cruz
Peçamos a graça de
nunca fugir da cruz. Por mais que nossa natureza trema, nós devemos pedir
forças. Nosso Senhor nos deu o exemplo, veio um anjo do céu para confortá-lo e
Ele, nesse conforto, tocou adiante até o último suspiro. Sigamos nós o mesmo
exemplo, não voltemos atrás em relação à cruz e saibamos abraçá-la, pô-la no
ombro, carregá-la, deixar-nos crucificar e morrer. Consentindo, assim, que nossa
alma se liberte e, purificados pelo sofrimento, poderemos ver Deus face a face na
eternidade.
Mons João Clá Dias – Extraído de conferência 21/04/2000 - sem revisão do autor
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Um chamado para todos os séculos
Como católicos,
devemos buscar a edificação de uma sociedade conforme aos preceitos evangélicos
e, para isso, cabe-nos a responsabilidade de atrair as almas dispersas no mar
revolto do mundo moderno e levá-las à barca de Pedro.
Não obstante, não poucas
serão as dificuldades para exercer tão elevada função, sobretudo quando nos
deparamos com nossas próprias insuficiências e falhas. Diante dessa desproporção,
avançar e lançar as redes se afigura como algo impossível. O que nos é necessário
para corresponder a uma missão tão superior às nossas capacidades? É o próprio
Mestre quem nos responde, pela pena de São Paulo: “Basta-te minha graça, porque
é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (II Cor 12, 9).
Portanto, quanto mais
nos sentirmos incapazes de cumprir a vocação à qual Deus nos chama, maior deve
ser nossa confiança no poder da voz que nos convoca. É vendo uma atitude de humildade
cheia de fé que Nosso Senhor opera a pesca milagrosa, deixando patente que os
bons resultados não dependem das qualidades nem dos esforços humanos. Ele
confunde os fortes deste mundo e conduz os fracos à realização de obras
grandiosas (cf. I Cor 1, 27).
Sejamos generosos e
confiantes, pois também em nossas vidas Cristo apareceu ordenando: “Duc in altum!
Eu os quero como instrumentos para renovar a face da Terra! Não tenham medo,
pois Eu mesmo lhes darei as forças para a obtenção de um glorioso resultado!”
Mons João Clá Dias – Texto extraído O Inédito
sobre os Evangelhos vol VI
sábado, 19 de novembro de 2016
Frases Mons João Clá Dias
A pessoa pode ter todos os livros de uma biblioteca sobre os carismas e
a vida religiosa, mas se não conhece o fundador, não conhecerá nada sobre o
próprio carisma.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Admiração
Sejamos nós ricos,
sejamos nós pobres, o que nos importa é ter admiração; este senso de contemplar
os dons de Deus dados aos outros.
Portanto, o problema não está entre pobre e
rico, rico e pobre. O problema está na natureza humana. É feliz quem é pobre e
admira os outros. É infeliz quem é rico e inveja os outros. Esse é o grande mal
da nossa sociedade. Fala-se em miséria, fala-se em injustiça social. E, andando
por este mundo, nós de fato encontramos isso. Mas a causa principal de tudo
isso está na inveja, na falta de admiração. Todos os que são mais do que nós
merecem nossa admiração, nós temos obrigação de admirar quem é mais.
Nós somos chamados a
colocar nossa felicidade no Menino Jesus, em Maria, em São José , no
sobrenatural, na eternidade.
Para isso,
nós Vos pedimos, Ó Mãe Santíssima, esta graça insigne: de sermos almas admirativas.
Mons João Clá Dias –
extraído meditação 04/01/2003
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Frase - Mons João Clá Dias
Estejamos sempre
atentos e desejosos de fazer o bem para os outros. E quando nós o fazemos,
desce sobre nós uma graça maior do que sobre os outros. Porque quem dá recebe
mais do quem recebe.
Marcadores:
comentários mons João Clá Dias,
Frase,
mons João Clá Dias
terça-feira, 4 de outubro de 2016
Poder da oração
Nós só somos fortes
na vida sobrenatural através da oração. Sem o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo
nós não conseguimos nada. Não há virtude que nós pratiquemos permanentemente
sem o poder da graça.
Mons João Clá Dias 4/11/00
Marcadores:
Arautos do Evangelho,
comentários,
Frase Mons João Clá Dias,
graça,
oração,
vida sobrenatural
domingo, 2 de outubro de 2016
Conselho - Mons João Clá Dias
Nós devemos tomar os
nossos problemas, deixá-los de lado e correr para Nossa Senhora. É o que o Sr.
Dr. Plinio1 sempre dizia: "Meu filho, quando
cometer uma falta, não fuja de Nossa Senhora, faça uma coisa muito mais
inteligente: fuja para Nossa Senhora".
Mons
João Clá Dias
1 Plinio Corrêa de
Oliveira
domingo, 25 de setembro de 2016
Frase Mons João Clá Dias
Não há ninguém que
esteja no Céu e que não tenha passado pela Cruz. Passar pela Cruz é
indispensável. E, às vezes, são as cruzes que nós não quereríamos jamais,
aquelas que mais nos fazem bem.
Marcadores:
Arautos do Evangelho,
comentários,
Frase Mons João Clá Dias,
frases
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
Remédio para as aflições
Basta que
peçamos com confiança, fé, constância e humildade que obtemos. Tenham essa
confiança sempre, que, aí sim, encontrarão o remédio para todas as aflições,
para todos os dramas, para todos os problemas da vida.
Mons João Clá Dias
Marcadores:
Arautos do Evangelho,
confiança,
frases,
Mons João S Clá Dias,
Remédio para as aflições
domingo, 4 de setembro de 2016
Frase Mons João Clá Dias
Devemos aceitar com inteira
resignação, com inteiro equilíbrio e com alma grande os fatos minúsculos,
pequenos e corriqueiros do dia-a-dia. É com estes fatos pequenos que se fazem as
grandes histórias.
Marcadores:
Arautos do Evangelho,
Frase Mons João Clá Dias,
mons João Clá Dias,
resignação
sábado, 27 de agosto de 2016
Os apegos desordenados
“Quem não carrega sua
cruz e não Me segue, não pode ser Meu discípulo”. Não significa isso que precisamos
ser flagelados, coroados de espinhos ou pregados na cruz, como foi Nosso Senhor
Jesus Cristo. A cruz que Ele pede de nós consiste principalmente em vivermos desprendidos
de tudo quanto é terreno, tal qual uma águia que voa sem amarras para, nas
alturas, melhor contemplar o Sol.
Como tantas vezes
comprovamos na vida, o apego desordenado gera aflições, inseguranças e receios
que nos roubam a paz de alma. Portanto, mesmo o homem não chamado à vida
religiosa deve fazer tudo com o coração posto nas coisas de Deus, inclusive ao
cuidar dos negócios e da administração dos seus bens. Esse desprendimento é
condição para seguir de perto a Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim agindo, a alma
experimentará a verdadeira felicidade, prenunciativa da alegria que terá no
Céu.
Mons João Clá Dias
domingo, 21 de agosto de 2016
Praticar a humildade
Um modo
muito eficaz e pouco ensinado de combater o amor-próprio consiste em admirar
aquilo por onde os outros são superiores a nós, reconhecendo nessas qualidades
reflexos das perfeições divinas. Sendo todo homem superior aos demais sob
determinado ângulo, único e personalíssimo, procurar admirar essas qualidades
dos outros é um dos melhores e mais eficientes meios de combater o amor
desregrado a si mesmo e à vanglória.
Quem assim agir,
praticará de maneira excelente a virtude da humildade e, ao mesmo tempo, o
Primeiro Mandamento da Lei de Deus, pois o amor a todas as superioridades está
no cerne da prática da virtude da caridade. Por isso, quem quiser ser manso de
coração, admire as qualidades dos outros; quem quiser ser desapegado, admire a
generosidade dos outros; quem quiser ser santo, admire a virtude dos outros.
Enfim, admiremos tudo quanto é admirável e teremos já a recompensa da paz de
alma nesta terra, e a bem-aventurança eterna no Céu!
Mons João Clá Dias
Marcadores:
admiração,
Arautos do Evangelho,
conselhos,
Mons João S Clá Dias,
Praticar a humildade
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Nova publicação de Mons João Clá Dias
Há numerosas referências
à figura de Plinio Corrêa de Oliveira e atuação em tantos autores. Nenhuma delas
oferece uma visualização correta, que mostre este varão ímpar do único ponto de
vista pelo qual realmente merece ser considerado, isto é, o do desígnio de Deus
sobre ele.
A coleção em cinco
volumes é uma versão ampliada da tese que Mons João Clá Dias defendeu para a obtenção
do grau de Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia Bolivariana de
Medellín, por meio da qual se quis facilitar ao grande público a compreensão
deste homem que atravessou o século XX de ponta a ponta, e marcou de forma
indelével os séculos vindouros.
Não deixe de fazer sua
encomenda pela internet http://www.arautos.org/dom-sabedoria-plinio-correa-joao-cla/ ou
pelo telefone (11) 2971-9040.
terça-feira, 21 de junho de 2016
Confiança
Santo Agostinho afirma
que: “O pior do pecador não é o pecado cometido, o pior do pecador é quando ele
perde a confiança em Deus”. Por isso, tenhamos a compenetração de que qualquer
que seja a circunstância, desde que saibamos pedir perdão, como está no Pai
Nosso, nós obtemos perdão e, ainda, obtemos graças para enfrentar situações
piores. Saibamos confiar neste poder, não só neste poder de Deus, mas neste
desejo de Deus de querer nos ajudar, levando em consideração que nós temos
intercessores magníficos que fazem por nós o inimaginável, e que são o prolongamento
de Deus junto a nós, para nos atender, para nos santificar. Que todos nós brilhemos
nos Céus da história como os que mais confiaram na clemência, no auxílio e na
proteção sobrenatural de Nossa Senhora, de Deus e de nossos intercessores.
Mons João Clá Dias - Extraído de conferência 08/10/2003
domingo, 12 de junho de 2016
Devoção a Nossa Senhora
Quem é realmente devoto
de Nossa Senhora tem sua salvação garantida. Ela não vai permitir com a sua onipotência
suplicante, com a sua sabedoria e com seu amor que é o próprio amor do Espírito
Santo – Ela é chamada Nossa Senhora do Divino Amor –que nós, sendo devotos
dEla, rezando o rosário dEla, tenhamos uma morte de um condenado.
Mons João Clá Dias - 09/05/2002
terça-feira, 31 de maio de 2016
Frases Mons João Clá Dias
Às vezes, o fato de a gente estar em uma situação de contingência, em uma situação de dependência em que nós mais dependemos de Deus do que dos próprios esforços humanos é o ideal, porque quando tudo depende de Deus, tudo sai mais fácil. Quando depende do homem, aí é que as coisas complicam. (19/12/07)
Marcadores:
comentários mons João Clá Dias,
Frases Mons João Clá Dias,
João Clá
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Frase Mons João Clá Dias
O reconhecimento da
suas próprias misérias traz como consequência uma espécie de abertura do
Sagrado Coração de Jesus e um desejo de ajudar.
quinta-feira, 3 de março de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Onde encontrar o verdadeiro remédio para a dor?
“O Senhor Deus é o amparo dos humildes” (Sl 146, 6). De fato, aos
humildes, àqueles que praticam a temperança — virtude alheia aos orgulhosos — e
se submetem à correção, à mortificação e à dor, cedo ou tarde Deus os haverá de
atender e amparar.
Quando permitiu ao
demônio atormentar Jó, Deus queria que aquele varão justo crescesse ainda mais
na temperança e, portanto, na santidade, para, em seguida, cumulá-lo de méritos
e outorgar-lhe em maior grau a participação na vida divina. Entendemos, então,
quanto as tribulações que nos atingem são, no fundo, permitidas por Deus, em
vista de uma razão superior.
Ele não pode promover o
mal para a nossa alma, e assim age porque nos ama e deseja dar-nos muito mais
do que já deu. E porque é bom, ao mesmo tempo que consente as adversidades, Ele
nos conforta, como sublinham mais alguns versículos do Salmo Responsorial:
“Louvai o Senhor Deus, porque Ele é bom, [...] Ele conforta os corações
despedaçados, Ele enfaixa suas feridas e as cura” (Sl 146, 1.3).
Ao Se debruçar sobre a
sogra de Pedro e fazer-lhe desaparecer a febre, ou ao sanar a multidão afligida
por enfermidades e tormentos, Nosso Senhor não visava ensinar que a dor deva ser
eliminada. Pelo contrário, tanto a considerava um benefício para o homem, que
Ele mesmo abraçou a via dolorosa e a escolheu também para sua Mãe. Nestes
milagres — como em incontáveis outros operados durante sua atuação pública —
Ele devolveu a saúde para deixar uma lição aos Apóstolos, aos circunstantes e
aos próprios enfermos: a luz está n’Ele, a vida está n’Ele, a solução da dor
provém d’Ele! Mais adiante, na iminência de ressuscitar Lázaro, Ele dirá: “Eu
sou a Ressurreição e a Vida!” (Jo 11, 25).
Mons João Clá Dias ( Texto extraído dos comentários ao Evangelho V domingo tempo comum - Revista Arautos do Evangelho fev 2015)
Marcadores:
comentários,
mons João Clá Dias,
mortificação,
por que sofrimento,
remédio para a dor
domingo, 10 de janeiro de 2016
Santidade
Certos da bondade de Nosso
Senhor Jesus Cristo, roguemos a Ele que nos dê forças para vencer as
dificuldades, pois o caminho do Céu não é fácil. Compenetremo-nos de que a cada
passo nos cabe procurar ser mais perfeitos e conformar nossas almas com a
d’Ele, pelo princípio inerrante de que ou progredimos ou nos tornamos tíbios. Na
vida espiritual nunca estamos estagnados: quem não avança, retrocede!
Peçamos, pois, a graça de deixar tudo para abraçar a via da santidade,
seja ela em família ou numa vocação religiosa, com coragem e cheios de
confiança!
( Mons João Clá Dias)
Marcadores:
comentários,
Mons João S Clá Dias,
santidade
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Também para nós brilha uma estrela
A história dos Reis Magos é um
extraordinário exemplo de correspondência ao chamado de Deus. Viram eles uma
estrela rutilante dentro da qual — segundo uma bela tradição — se encontrava um
Menino que tinha por trás uma luz mais intensa formando uma Cruz 10 e a seguiram
sem hesitação. Esta estrela é um símbolo muito expressivo da Santa Igreja
Católica Apostólica Romana.
Assim como a luz da estrela guiou
os Magos, a Igreja é a luz que cintila incessantemente, sem nunca bruxulear nem
diminuir seu fulgor, para guiar os povos rumo ao Reino de Deus. E, ao longo dos
tempos, todos quantos se converterem é porque de alguma maneira viram esta
estrela e resolveram adorar a Jesus Cristo. Ela continua a brilhar e brilhará
até o último dia da História, como prometeu Nosso Senhor: “as portas do inferno
não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).
Somos fiéis ao brilho desta estrela?
Cabe, aqui, uma aplicação
pessoal: luziu diante de nossos olhos esta estrela por ocasião do Batismo,
quando infundiu Deus em nossa alma um cortejo de virtudes — as teologais: fé, esperança
e caridade; e as cardeais: prudência, justiça, temperança e fortaleza, em torno
das quais se agrupam todas as outras — e os dons do Espírito Santo, e passamos
a participar da natureza divina. Pertencemos ao Corpo Místico de Cristo e o Céu
se abre diante de nós. Tornou-se mais resplandecente esta estrela no dia de
nossa Primeira Comunhão, ao recebermos o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de
Cristo glorioso, para Ele nos assumir e santificar. A todo instante ela nos convida
à santidade, a rejeitar nossas más tendências e a estar totalmente prontos para
ouvir a voz da graça que diz em nosso interior “Vem, segue-me!”, e nos chama a
sermos generosos, de forma a cada um de nós também constituir para os outros
uma estrela, atraindo-os para a Igreja.
Se, por miséria ou por
provação, perdermos de vista esta luz, precisamos ir a Jerusalém, ou seja, à Santa
Igreja, a qual, em seus templos sagrados, se mantém sempre à nossa espera para
nos indicar onde está Jesus. Ali haverá um sacerdote, estará exposto o Santíssimo
Sacramento ou se encontrará uma imagem piedosa, instrumentos para reacender a
estrela existente em nosso coração.
Incumbe-nos, ademais, tomar
cuidado com o “Herodes” instalado dentro de nós: nosso orgulho, nosso materialismo,
nosso egoísmo. Ele almeja apagar esta estrela, pelo pecado mortal, e colocar-nos
nas vias dos prazeres ilícitos; quer levar-nos a matar Jesus Cristo que está em
nossa alma como um luzeiro cintilante. Seremos do mundo e do demônio se
tivermos uma vida dupla, limitando-nos a frequentar a igreja aos domingos e comportando-nos,
depois, como se desconhecêssemos a estrela. Devemos, portanto, estar sempre junto
a Nosso Senhor, oferecendo-Lhe o ouro do nosso amor, o incenso da nossa
adoração e a mirra das nossas misérias e contingências, pedindo constantemente
o auxílio de sua graça.
Compreendamos, nesta Solenidade
da Epifania, que os Magos nos dão o exemplo de como alcançar a plena
felicidade. Com os olhos fixos em Maria, imploremos: “Minha Mãe, vede como sou
fraco, inconstante, miserável, e quanto preciso, ó Mãe, da vossa súplica e da
vossa proteção. Acolhei-me, minha Mãe, eu me entrego em vossas mãos para que
Vós me entregueis a vosso Filho”. E dirigindo-nos a São José, digamos: “Meu Patriarca,
senhor meu, aqui estou, tende pena de mim, ajudai-me a pedir a vossa esposa,
Maria Santíssima, para Ela ter sempre os olhos postos em mim”. Roguemos aos
Reis Magos que intercedam junto ao Santo Casal e ao Menino Jesus, para nos
obter a graça de não procurarmos luzes mentirosas, mas seguirmos a verdadeira
estrela, ou seja, a da prática da virtude e do horror ao pecado.
1 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. III, q.36, a.5, ad 4.
Texto extraído dos comentários de Mons João Clá Dias ao Evangelho- Solenidade da Epifania - Revista Arautos do Evangelho - Jan 2016
Assinar:
Postagens (Atom)