segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O olhar de Nossa Senhora

Nós devemos olhar para o Sapiencial e Imaculado Coração de Maria, que se mostra tão afetuoso, tão maternal, tão acolhedor,  fitar os olhos desta imagem. É pura imagem, uma representação, ela procura lembrar algo de Nossa Senhora. O que deve ser o olhar de Nossa Senhora, o olhar de Maria! Daria para purificar todos os pântanos do mundo, daria para purificar todas as almas que se encontram encharcadas de pecado! Contemplemos esse olhar de Maria, e pensemos na lição que o Menino Jesus nos dá no Presépio. Pensemos o quanto o Menino Jesus sofreu frio, sede, calor, fome, sofreu necessidades de toda a ordem. Ele não sabe falar, Ele geme, chora e isto tudo para me ensinar o quê? Ensinar a sofrer, ensinar a amar as contingências da vida, ensinar a me contentar com aquilo que eu tenho, e não ter uma ambição desordenada que me leva ao delírio, ao pecado, ao orgulho, à inveja, à calúnia, à maledicência e à impureza.
Aí está essa imagem que nos olha, que nos fita. Ela como que nos convoca também a sermos tão puros quanto Ela, a sermos tão dispostos ao sofrimento quanto Ela,  quanto São José e, sobretudo, quanto o Menino Jesus.
Mons João Clá Dias - Extraído da Meditação na Catedral da Sé 05/02/2005 adaptada à linguagem escrita, publicada sem conhecimento e/ou revisão do autor

domingo, 27 de novembro de 2016

Abraçar a cruz

Peçamos a graça de nunca fugir da cruz. Por mais que nossa natureza trema, nós devemos pedir forças. Nosso Senhor nos deu o exemplo, veio um anjo do céu para confortá-lo e Ele, nesse conforto, tocou adiante até o último suspiro. Sigamos nós o mesmo exemplo, não voltemos atrás em relação à cruz e saibamos abraçá-la, pô-la no ombro, carregá-la, deixar-nos crucificar e morrer. Consentindo, assim, que nossa alma se liberte e, purificados pelo sofrimento, poderemos ver Deus face a face na eternidade.

Mons João Clá Dias – Extraído de conferência 21/04/2000 - sem revisão do autor