Ensinamentos e conselhos do Mons.João Clá
Sobre o sofrimento e a felicidade
O gênero humano está sempre à procura da felicidade, mas.... há o inevitável sofrimento! É o sofrimento uma coisa necessária? Se alguém nos dissesse que gosta de sofrer, provavelmente o qualificaríamos como louco. Por quê?
Na abertura da quaresma de 2006, no dia 2 de março, o Mons. João Clá Dias deu uma breve explicação aos jovens Arautos do Evangelho:
“É evidente que cada um ama a sua integridade, ama a realização dos seus planos e de seus sonhos e cada um quer os caminhos livres para chegar até o fim. Mas isto na prática não existe, porque nós estamos num mundo concebido no pecado original, e dentro deste mundo, tudo é sofrimento[1]. Assim também o assinala o grande santo mariano São Luis Maria Grignion de Monfort na sua Carta Circular aos amigos da Cruz.
Antes do pecado original, não havia o sofrimento. Aliás, havia um só, mas que não era um sofrimento, era uma renúncia que a pessoa precisaria fazer, a respeito de considerar-se deus[2] — só essa renúncia. Custava? Custava, não tem dúvida, tanto é que Adão e Eva não aceitaram e acabaram preferindo abraçar a outra via a esta da renúncia — que era o único sofrimento que existia”[3].
No entanto, qual o papel do sofrimento na vida humana? O Mons. João Clá mais uma vez ensina em uma de suas homilias, em 10 de setembro de 2007.
São Paulo diz isso: “procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo” (Cl 1, 24) .
Como se faltasse algo! Mas falta. Falta porque Nosso Senhor não quis sofrer tudo, para deixar uma pontinha para nós. E essa pontinha é simbolizada por essa gotinha d’água que entra no cálice na hora do Ofertório. Quando nós sofremos, quando nós temos uma tentação, uma provação, uma angústia, uma aflição, é uma dádiva de Deus, porque Ele quer que nós contribuamos para aquilo que falta.
É essa pontinha que Ele nos deixa como possibilidade, como meio de contribuir com todo o infinito poder de um só sofrimento d’Ele. A Ele bastava oferecer um ato de vontade! Se Ele oferecesse um piscar de olhos, já era suficiente para pagar todos os pecados da humanidade inteira, ainda que ela fosse infinita, até o fim do mundo. Um só movimento! Ele não quis só isso, Ele quis sofrer tudo que Ele sofreu e quis que nós completássemos em nossa carne o que faltava para Ele sofrer, Ele quis que nós participássemos dessa grandeza.
Então nós, que temos a possibilidade de embelezar o universo com tantas maravilhas, também somos chamados a embelezar o que falta no sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma maravilha! É um Deus tão feito de bondade, um Deus tão extraordinariamente misericordioso que nos chama a essas maravilhas todas.
Saibamos aproveitar o tempo que nos resta para sofrer, para poder participar desse magnífico esplendor do sofrimento d’Ele no Calvário. Nós fazemos planos: “Vou fazer isso, vou realizar aquilo, vou não sei quanto...” Isso não é nada perto da possibilidade de contribuir no sofrimento de Nosso Senhor. Isso é muito mais, muitíssimo mais! E isso é o que Ele põe à nossa disposição”[4].
Aprofundando mais o tema, em sua homilia de 14 de setembro de 2007, festa da exaltação da Santa Cruz, o Mons. João Clá dizia:
“Nós devemos, portanto, ter em relação à cruz um apreço extraordinário e não ficarmos choramingando e querendo escapar de todas as cruzes. Pelo contrário, as cruzes devem ser abraçadas por nós como Nosso Senhor abraçou a sua própria. Fazendo-nos um só com a nossa cruz é que ficamos à altura do nome de cristão, porque cristão é aquele que segue as vias de Nosso Senhor Jesus Cristo e cristão é, portanto, aquele que toma a sua cruz, a oscula, põe nos ombros e a leva até o alto do Calvário. E lá se deixa crucificar.
Assim procedamos em nossa vida privada, em nossa vida de comunidade, em nossa vida espiritual, aceitando todas as cruzes com alegria — não é sem reclamar; sem reclamar já significa alguma coisa — mas a perfeição está em aceitar todas as cruzes com alegria. Que aceitemos as cruzes com alegria é o que a festa da Exaltação da Santa Cruz nos diz no dia de hoje” [5].
Que estes santos ensinamentos possam ajudar a todos os que sofrem a encontrarem alento em meio às agruras da vida e que se sintam reconfortados com o exemplo dAquele que quis sofrer por amor a nós.
[1] Ver Catecismo da Igreja Católica 2448.
[2] Ver CIC 398.
[3] Trecho adaptado para a linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
[4] Trecho adaptado à linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
[5] Trecho adaptado à linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
Sobre o sofrimento e a felicidade
O gênero humano está sempre à procura da felicidade, mas.... há o inevitável sofrimento! É o sofrimento uma coisa necessária? Se alguém nos dissesse que gosta de sofrer, provavelmente o qualificaríamos como louco. Por quê?
Na abertura da quaresma de 2006, no dia 2 de março, o Mons. João Clá Dias deu uma breve explicação aos jovens Arautos do Evangelho:
“É evidente que cada um ama a sua integridade, ama a realização dos seus planos e de seus sonhos e cada um quer os caminhos livres para chegar até o fim. Mas isto na prática não existe, porque nós estamos num mundo concebido no pecado original, e dentro deste mundo, tudo é sofrimento[1]. Assim também o assinala o grande santo mariano São Luis Maria Grignion de Monfort na sua Carta Circular aos amigos da Cruz.
Antes do pecado original, não havia o sofrimento. Aliás, havia um só, mas que não era um sofrimento, era uma renúncia que a pessoa precisaria fazer, a respeito de considerar-se deus[2] — só essa renúncia. Custava? Custava, não tem dúvida, tanto é que Adão e Eva não aceitaram e acabaram preferindo abraçar a outra via a esta da renúncia — que era o único sofrimento que existia”[3].
No entanto, qual o papel do sofrimento na vida humana? O Mons. João Clá mais uma vez ensina em uma de suas homilias, em 10 de setembro de 2007.
São Paulo diz isso: “procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo” (Cl 1, 24) .
Como se faltasse algo! Mas falta. Falta porque Nosso Senhor não quis sofrer tudo, para deixar uma pontinha para nós. E essa pontinha é simbolizada por essa gotinha d’água que entra no cálice na hora do Ofertório. Quando nós sofremos, quando nós temos uma tentação, uma provação, uma angústia, uma aflição, é uma dádiva de Deus, porque Ele quer que nós contribuamos para aquilo que falta.
É essa pontinha que Ele nos deixa como possibilidade, como meio de contribuir com todo o infinito poder de um só sofrimento d’Ele. A Ele bastava oferecer um ato de vontade! Se Ele oferecesse um piscar de olhos, já era suficiente para pagar todos os pecados da humanidade inteira, ainda que ela fosse infinita, até o fim do mundo. Um só movimento! Ele não quis só isso, Ele quis sofrer tudo que Ele sofreu e quis que nós completássemos em nossa carne o que faltava para Ele sofrer, Ele quis que nós participássemos dessa grandeza.
Então nós, que temos a possibilidade de embelezar o universo com tantas maravilhas, também somos chamados a embelezar o que falta no sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma maravilha! É um Deus tão feito de bondade, um Deus tão extraordinariamente misericordioso que nos chama a essas maravilhas todas.
Saibamos aproveitar o tempo que nos resta para sofrer, para poder participar desse magnífico esplendor do sofrimento d’Ele no Calvário. Nós fazemos planos: “Vou fazer isso, vou realizar aquilo, vou não sei quanto...” Isso não é nada perto da possibilidade de contribuir no sofrimento de Nosso Senhor. Isso é muito mais, muitíssimo mais! E isso é o que Ele põe à nossa disposição”[4].
Aprofundando mais o tema, em sua homilia de 14 de setembro de 2007, festa da exaltação da Santa Cruz, o Mons. João Clá dizia:
“Nós devemos, portanto, ter em relação à cruz um apreço extraordinário e não ficarmos choramingando e querendo escapar de todas as cruzes. Pelo contrário, as cruzes devem ser abraçadas por nós como Nosso Senhor abraçou a sua própria. Fazendo-nos um só com a nossa cruz é que ficamos à altura do nome de cristão, porque cristão é aquele que segue as vias de Nosso Senhor Jesus Cristo e cristão é, portanto, aquele que toma a sua cruz, a oscula, põe nos ombros e a leva até o alto do Calvário. E lá se deixa crucificar.
Assim procedamos em nossa vida privada, em nossa vida de comunidade, em nossa vida espiritual, aceitando todas as cruzes com alegria — não é sem reclamar; sem reclamar já significa alguma coisa — mas a perfeição está em aceitar todas as cruzes com alegria. Que aceitemos as cruzes com alegria é o que a festa da Exaltação da Santa Cruz nos diz no dia de hoje” [5].
Que estes santos ensinamentos possam ajudar a todos os que sofrem a encontrarem alento em meio às agruras da vida e que se sintam reconfortados com o exemplo dAquele que quis sofrer por amor a nós.
[1] Ver Catecismo da Igreja Católica 2448.
[2] Ver CIC 398.
[3] Trecho adaptado para a linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
[4] Trecho adaptado à linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
[5] Trecho adaptado à linguagem escrita, sem revisão do autor e publicado sem conhecimento do mesmo.
5 comentários:
Salve Maria!
Les animo a continuar con las publicaciones en este Blog, son muy importantes los comentarios que podemos leer del Padre Joao Cla.
Sigan, por favor.
Les agradezco mucho todo el trabajo que realizan.
Pe. Zayas
Agradecemos suas alentadoras palavras e pedimos que nos inclua nas intenções das missas que celebre.
Agradecemos suas alentadoras palavras e pedimos que nos inclua nas intenções das missas que celebre.
Mais um, por favor!!!
Espiritualidade intensa, amor a Deus profundo, é o que sentimos nesta página. Reze pelo mundo, Pe. João!
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