quinta-feira, 10 de maio de 2012

Maria e o rosário


Em meio às aflições e dramas pelos quais passa a humanidade, o Sucessor de Pedro contempla o horizonte carregado de ameaçadoras nuvens e, movido pelo infalível sopro do Espírito Paráclito, discerne ter chegado o momento de ancorar a mais preciosa das Barcas, para enfrentar a grande tempestade que se avizinha.

Se não fosse a promessa irreversível do Senhor: “as portas do Inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18), o futuro imediato da Barca de Pedro poderia ser a submersão pela procela apocalíptica que a cerca de todos os lados.

Será, entretanto, suficiente lançar âncoras e assistir de braços cruzados aos acontecimentos, tendo em vista a garantia de imortalidade da Igreja? Não é como tem procedido nosso Papa, nas atuais circunstâncias.

Uma de suas mais destacadas providências foi amarrar a Nau da Igreja à coluna da Eucaristia e à de Maria. Tem ele se destacado como um Papa apaixonado por conduzir os fiéis a abraçarem a santidade, essencialmente Eucarístico e Mariano, conforme atestam seus documentos.

Afirmou o saudoso Papa João Paulo II que “do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial”. Confiante no triunfo do Imaculado Coração de Maria, por Ela prometido em Fátima, com confiança proclamou-A Intercessora da Igreja, da humanidade e do futuro: “[…] confio de novo nas mãos da Mãe de Deus a vida da Igreja e a vida tão atormentada da humanidade. A ela confio o meu futuro. Entrego tudo nas suas mãos, para que, com amor de mãe, apresente ao seu Filho ‘para servir à celebração de sua glória’” (Audiência, 16/10/2002). Enalteceu o quanto pôde a recitação do Santo Rosário: “Quantas graças recebi nestes anos da Virgem Santa através do Rosário: Magnificat anima mea Dominum!” (Rosarium Virginis Mariae, 2).

“O Rosário é oração bíblica, toda tecida de Sagrada Escritura. É oração do coração, em que a repetição da Ave Maria orienta o pensamento e o afeto para Cristo, tornando-se súplica confiante na sua e nossa Mãe”, explicou o Papa Bento XVI na mensagem antes da oração do Ângelus, no Vaticano.

E o que foi que Nossa Senhora aconselhou aos homens e mulheres de nossa época? “Rezai o terço todos os dias para alcançar a paz para o mundo”. Atendamos com solicitude filial seu afetuoso pedido, sendo ardorosos devotos do Santo Rosário e fazendo crescer em nós, a cada dia, o amor a Ela.