quinta-feira, 8 de março de 2012

MARIA, O MAIS RÁPIDO E SEGURO CAMINHO ATÉ CRISTO

Nada há de mais cristocêntrico que a devoção a Nossa Senhora. Este é o eixo do pensamento de São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu admirável Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Já na Introdução, o grande santo marial enuncia a tese que norteia todo o seu livro: “Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio d’Ela que Ele deve reinar no mundo”. Assim, Cristo Jesus quer reinar sobre os corações por intermédio de Maria Santíssima.

Ardoroso devoto de Grignion de Montfort, o saudoso Papa João Paulo II fez substanciosos comentários sobre o caráter cristocêntrico da espiritualidade montfortiana. Certo dia, o Sumo Pontífice confidenciou:

“”Quando eu, como seminarista clandestino, trabalhava na fábrica Solvay, de Cracóvia, o meu diretor espiritual aconselhou-me a meditar sobre o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. Li e reli muitas vezes, e com grande proveito espiritual, este precioso livrinho ascético de capa azul que se tinha manchado de soda. Ao situar a Mãe de Cristo em relação ao mistério trinitário, Montfort ajudou-me a entender que a Virgem pertence ao plano da salvação por vontade do Pai, como Mãe do Verbo encarnado, por Ela concebido por obra do Espírito Santo. Toda a intervenção de Maria na obra da regeneração dos fiéis não se põe em competição com Cristo, mas d’Ele deriva e está a seu serviço. A ação que Maria realiza no plano da salvação é sempre cristocêntrica, isto é, faz diretamente referência a uma mediação que acontece em Cristo. Compreendi, então, que não podia excluir da minha vida a Mãe do Senhor, sem desatender a vontade de Deus-Trindade, que ‘quis iniciar e realizar’ os grandes mistérios da história da salvação com a colaboração responsável e fiel da humilde Serva de Nazaré.”” (Discurso no 8º Colóquio Internacional de Mariologia, 13/10/2000)

Fiéis à Cátedra de Pedro e compartilhando a prática da espiritualidade montfortiana —— inclusive consagrando-se, como João Paulo II, a Jesus Cristo pelas mãos de Maria ——, os Arautos do Evangelho crêem que a difusão da devoção à Mãe de Deus é o melhor meio de conquistar as almas para Jesus Cristo, com a solidez, o calor e a urgência que a situação de nossos dias exige.