terça-feira, 11 de outubro de 2011

Perdão

Pode-se discutir sobre qual a posição normal do homem, se de pé ou sentado. E haverá um sem-número de opiniões discordantes a este respeito. Muito mais importante, e mais fácil, será chegar-se a um acordo quanto à necessidade de ajoelhar-se diante de Deus, como símbolo da nossa humildade ante o Criador. Em sua infinita e onipotente majestade, como também nas manifestações de sua inesgotável misericórdia, Jesus mais nos atende e nos perdoa ao encontrar-nos de joelhos no chão.
Esta atitude é justamente o que falta à nossa era histórica.
Grandes inventos e descobertas fabulosas, em meio a um progressivo afastamento de Deus, conferem à humanidade uma ilusão cada vez mais acentuada sobre sua própria grandeza. Erguida sobre um pedestal de barro, ela alça ao ar seu troféu de vanglória, sem se dar conta de quanto já vacilam seus pés sobre a inconsistência do solo onde pisam. Ó ciência, onde está tua vitória? Em seu nascedouro, o progresso moderno e as novas técnicas visavam o bem de todos. Hoje, porém, quantos deles passaram a ser instrumentos de destruição! Por mais que se esforcem os poderes legitimamente constituídos para refrear, corrigir e ordenar os desvios e — por que não dizer? — as loucuras dos tempos presentes, nada conseguirão.
Para isto, a única solução cabível, honesta e eficaz consiste em fazermos uso do genuflexório para pedir perdão a Deus pelo fato de O termos esquecido e implorar que nos receba de volta em seu amparo, ainda que seja na condição de servos.
Não estarão longe os dias de calamidade e miséria, se continuarmos na terrível trilha por nós escolhida. Mas será necessário chegarmos ao extremo de comer as bolotas dos porcos, para tomarmos a decisão de retornar à casa paterna? Não! A qualquer altura do caminho, bastará nos ajoelharmos e batermos no peito, implorando misericórdia.
Façamos penitência e, buscando um confessionário, declinemos com humildade todas as nossas faltas, à espera da absolvição sacramental, a fim de recuperarmos o estado de graça e restabelecer-se em nós a inteira amizade com Deus.
O grande Patriarca da Igreja muito pode nos ajudar nessa sobrenatural tarefa. São José possui uma especial audiência junto a Jesus e a Maria, sua intercessão é poderosa e ele muito se alegra ao ser invocado. Só um recurso ao Céu poderá desviar as catástrofes que se avolumam no horizonte de nosso amanhã. Para que elas não nos colham, é indispensável à humanidade... dobrar os joelhos.