Veneremos também, nessa noite de Natal, a heroica e robusta fé daqueles
homens tão simples [os pastores]. A equivocada crença daqueles tempos era
de que o Salvador prometido deveria ser um homem cheio de poder para livrar seu
povo de todo e qualquer inimigo, a fim de conceder-lhe a supremacia sobre todos
os outros povos. Portanto, um libertador rutilante de esplendor, de glória e de
majestade maiores ainda que as do próprio Salomão. Ora, em vez de se depararem
com um temível e grandioso imperador, acham-se diante de um frágil Menino,
envolto em panos. Junto a Ele, um boi e um burro para aquecê-Lo, um pobre artesão,
uma mulher cheia de simplicidade. Enfim, tudo o que o mundo de então - e de
todos os tempos - julgava mais vil e desprezível. Apesar disso, em nenhum
momento foram penetrados pela menor dúvida ou mesmo insegurança. Acreditaram de
toda alma ser aquele Menino o esperado Salvador. Será essa também a minha fé na
Igreja de Deus, tão infalível quanto os Anjos?
Mons João Clá Dias - Extraído dos comentários ao Evangelho da Missa da Aurora do Natal do Senhor.
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