Dentre os sacramentos instituídos por Nosso Senhor para a salvação dos homens, um dos que certamente mais reflete sua misericórdia infinita é o da Confissão. Que alívio é para um cristão o saber que, no momento em que o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição, o próprio Deus perdoa as suas faltas, por maiores e mais numerosas que sejam.
Quantas vidas não terão mudado, quantos trágicos caminhos não terão se transformado em uma luminosa via, dentro da silenciosa penumbra de um pequeno confessionário? Um pequeno fato a respeito dessa maravilhosa instituição cristã mostra-se extremamente útil tanto para a formação quanto para a edificação espiritual dos fiéis.
É necessário confessar-se e comungar na Páscoa
Em maio de 1883, um homem do mundo com problemas em seus negócios foi pedir assistência a Dom Bosco, então de passagem por Paris. Este, em vez de perguntar-lhe sobre seus negócios, replicava simples e muito docemente:
— Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.
— Na situação de espírito em que me encontro é impossível, não tenho um momento sequer.
— Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.
— Mas... mas... mas... — o homem dava todas as más desculpas de costume.
— Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.
— Mas, alguma coisa o senhor me disse e eu não fiz?
— Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.
Aquilo estava se tornando irritante; o homem de negócios zangou-se um pouco e terminou por dizer:
— Bem, é verdade, há quarenta anos que não comungo na Páscoa.
Por outro lado, o homem de Deus não se irritava, e repetia com a mesma calma:
— Pois bem! É necessário confessar-se e comungar na Páscoa.
No dia seguinte o homem de negócios retomou o caminho da Igreja para ocupar-se do único assunto que temos neste mundo: confessou-se e comungou na Páscoa. (Traduzido, com adaptações de “L’Ami du Clergé”, 1908, pp. 350-352; 508-509.)
Após a ressurreição Nosso Senhor Jesus Cristo aparece aos apóstolos e lhes diz:
"Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos"(Jo20, 22-23).Deus quer nos perdoar, mas para isso
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