Jesus percorreu as cidades e aldeias pregando a Boa Nova, andou sobre as águas, transformou água em vinho, multiplicou pães e peixes, curou leprosos, restituiu a voz aos mudos, fez os surdos ouvirem, ressuscitou mortos... Entretanto, não escreveu sequer um bilhete, menos ainda um rolo de revelações.
Não Lhe custaria multiplicar as cópias das Escrituras já existentes. Poderia também mandar os Discípulos escreverem de imediato suas doutrinas em rolos de papiro e multiplicá-los — superando mesmo, se assim desejasse, a produção de todas as impressoras fabricadas desde Gutenberg até nossos dias — para serem distribuídos às multidões.
Entretanto, Ele nada escreveu, nem multiplicou qualquer pergaminho, mesmo dos que leu tantas vezes nas sinagogas. Também não deixou instrução alguma quanto à redação ou utilização de textos relativos à sua vida.
Que fez Ele? Infinitamente mais do que tudo isso: na Última Ceia, instituiu a Sagrada Eucaristia, pala qual permanece conosco com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
E deixou-nos uma imagem viva de Si mesmo: a Igreja
Além disso, sabendo quanto os símbolos vivos são necessários ao homem para lhe dar o conhecimento de Deus, deixou-nos a Santa Igreja Católica, na qual sua fisionomia divina se reflete como num espelho. No ápice da Igreja, o Papa, o Doce Cristo na terra, a sucessão apostólica. Fez questão de nos dar também almas santas, como o Santo Cura d’Ars, do qual disse um advogado parisiense: “Vi Deus num homem”. Ao longo da História, afirma São Roberto Belarmino, sempre existiram e continuarão a existir almas confirmadas em graça, imagens de Deus, para manter visível a santidade da Igreja.
Por fim, como o homem precisa valer-se dos sentidos para ter uma idéia mais próxima de quem é Deus, colocou Ele à nossa disposição esse meio poderoso de melhor o conhecermos e servirmos, que se chama Arte, nas suas ricas e variadas manifestações: Escultura, Pintura, Música, Teatro, Arquitetura, etc.
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